CRMV lança filme em homenagem ao dia do Zootecnista

Este ano, o CRMV-GO produziu um vídeo de um minuto para viralizar nas redes sociais sobre o Dia do Zootecnista, celebrado dia 13 de maio.  Os Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária (Sistema CFMV/CRMVs) parabenizam os mais 18 mil zootecnistas inscritos pela relevância das atividades que desempenham para o país e o mundo. A sociedade e o agronegócio agradecem sua competência, eficiência e efetividade de sua atuação!

 

O vídeo (link anexo) começa perguntando quem é esse profissional?

Em seguida, mostra que os zootecnistas estão no nosso dia a dia promovendo o aprimoramento racional da produção animal nas diversas áreas do agronegócio brasileiro, produzindo alimentos de qualidade e garantindo que ele chegue na mesa do consumidor.

Na sequência, o material mostra que a zootecnia está no frango da mesa das famílias, na carne do churrasco, no copo de leite, na nutrição dos animais de estimação, na gestão do negócio rural, na pesquisa, inovação agropecuária e no bem-estar animal, ou seja, a zootecnia está no dia a dia das pessoas.

Em qualquer situação, os Zootecnistas são sempre profissionais essenciais na cadeia de produção de alimentos.

 

Força no agronegócio

O conselheiro efetivo do CRMV-GO, Zoot. Fabrício Estrela Mendonça, aproveita para parabenizar os 1.750 profissionais inscritos no Estado de Goiás. Ele destacou que na composição do Produto Interno Bruno (PIB) brasileiro, o agronegócio é o setor que mais tem colaborado na evolução do índice e praticamente sustentado os resultados acumulados. Portanto, desde a criação do primeiro curso de graduação em zootecnia, em 1966, o trabalho dos zootecnistas tem participação direta e positiva nos números do agronegócio brasileiro.

Ainda, conforme Fabrício Estrela, é importante ressaltar que dentro das novas demandas de competência, de postura profissional e de objetivos de resultados atingidos, apenas manter-se com conhecimentos técnicos atualizados não é o bastante para a inserção do profissional de maneira sustentável. "É preciso que o profissional busque complementação na formação em zootecnia como língua estrangeira, gestão e empreendedorismo e informática, com as novas tecnologias disponíveis para o agronegócio", destacou. Outro grande desafio, segundo ele, é conciliar a produção agropecuária e agroindustrial com a responsabilidade social e ambiental.

 

Zootecnista, o profissional que ajuda a alimentar o mundo

"Ser zootecnista é ter o poder de transformar e evoluir. É fazer a diferença e ajudar a criar um futuro melhor para o planeta", diz, com emoção, o zootecnista Antônio Chaker, mestre em Produção Animal pela Universidade Estadual de Maringá (PR) e consultor, há 18 anos, em projetos de gestão agropecuária, com foco a ampliação de gerenciabilidade e lucro de fazendas.

Chaker é apenas um exemplo dos milhares de zootecnistas brasileiros que fazem a diferença na nobre missão de ajudar a alimentar o Brasil e o mundo. A Zootecnia é uma das profissões que contribuem para garantir a qualidade da carne bovina, do frango, dos ovos, do leite, enfim: de todos os produtos de origem animal que vão para o prato do consumidor.

"O importante não é só o acesso ao alimento, mas também o produto final: uma alimentação suficiente, diversificada e nutritiva para a saúde das pessoas" diz Chaker, que também é coordenador do Instituto Integra, que monitora 420 fazendas no Brasil, Paraguai e Bolívia.

Hoje, o grande desafio do campo é produzir mais com menos, isto é, ter mais produtividade usando menos recursos naturais. Com auxílio dos zootecnistas, é possível usar menos água e eletricidade, oferecer menor quantidade de alimento ao animal e aproveitar melhor o espaço físico, tudo com sustentabilidade e mais produtividade, potencializando a capacidade do agropecuarista e gerando mais resultado.

Chaker exemplifica como essa produção mais sustentável ocorre. Segundo ele, é possível produzir 15 vezes mais em um hectare de terra do que há apenas alguns anos. "O desenvolvimento de novas espécies e critérios de manejo; a utilização de aditivos potencializadores de produção, que reduzem a emissão de gases de efeito estufa pelos bovinos; e as novas tecnologias permitiram o aumento da produção animal", diz.

O zootecnista usa a alimentação como exemplo. "Antes, para conseguir um quilo a mais, no frango, eram necessários mais 2,3 kg de ração; hoje, basta 1,6 kg do alimento. Isso também ocorre com suínos, bovinos, peixes e outros animais. Uma fêmea zebu, há 15 anos, entrava em idade de reprodução aos 24 meses ou mais. Hoje, isso ocorre aos 14 meses ou menos".

 

O profissional zootecnista 

O zootecnista tem conhecimentos no campo científico e tecnológico. Ele trabalha na criação animal, nutrição, manejo, pesquisa, bem-estar, melhoramento genético e gestão da produção animal, contribuindo para o desenvolvimento produtivo e sustentável.

De onde estiver, o zootecnista monitora o rebanho em tempo real, podendo tomar decisões com agilidade, agregando valor à produção e garantindo a qualidade de seus produtos com eficiência econômica. É capaz de gerenciar, planejar e administrar empreendimentos do agronegócio, como fazendas, granjas, agroindústrias, envolvendo-se desde a produção até a comercialização, dinamizando e tornando eficaz o processo.

Relatórios recentes da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) apontam que a proteína animal (bovinos, suínos, frango, ovos, leite) teve crescimento médio da produção superior a 10%, nos últimos cinco anos. O Brasil é o quarto maior produtor de tilápia e de suínos do mundo. O país é o segundo maior produtor de carne de frango e bovina, enquanto na produção de leite e ovos consta entre os cinco maiores do mundo.

Dados do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) mostram que, em 2019, o Brasil exportou quase 7 bilhões de dólares de carne de frango, um aumento de 9% em relação ao ano anterior. A carne in natura (carne bovina fresca ou refrigerada e congelada) gerou em torno de 6,5 bilhões de dólares. Mas o produto de origem animal com maior crescimento nas exportações nesse período foi o leite fluido. O aumento foi de 262%, entre 2018 e 2019, com resultado total de 1,5 bilhão de dólares.

"O nosso trabalho vai da abelha ao zebu, promove a produção de alimentos, movimenta a economia e apoia a sustentação da balança comercial brasileira, fatores determinantes para um país e um mundo justo e próspero", assinala Chaker, que, além do trabalho como consultor, encontra tempo para ministrar treinamentos e escrever livros e artigos.

Na sua opinião, o Brasil tem uma grande diferença em relação aos outros países, como o solo, água e pessoas. "Difícil encontrar alguém que saiba manejar pastagem tropical melhor que a gente. Na suplementação e em algumas técnicas de determinação intensiva do pasto também somos craques. Somos imbatíveis em tudo o que envolver tecnologia de produção baseada em ambiente pastoril de alto nível de produtividade e qualidade", celebra Chaker.

 

Mercado de trabalho

A Zootecnia transcendeu a área de produção. Hoje, esses profissionais ocupam cargos de direção em grandes empresas, trades internacionais de carne, departamentos de Marketing e liderança em corporações que produzem e distribuem os principais insumos necessários à produção. Também estão em órgãos públicos, federações, universidades e institutos de pesquisa.

"É muito comum encontrar o zootecnista na liderança. Isso explica também o tipo de formação e de profissional que a Zootecnia atrai: pessoas que têm uma visão produtiva, de desenvolvimento, de crescimento e, por isso, acabam na direção das operações agropecuárias", afirma o consultor.

Profissional de sucesso, Chaker revela que o desafio da Zootecnia é atuar com fatores múltiplos. "O bom profissional tem que desenvolver habilidades como gestor de equipe e planejamento estratégico. Não é só pasto, alimentação e animal, temos que conhecer sobre o ser humano", analisa.

 

Futuros zootecnistas

Aos estudantes, Chaker ensina que o primeiro passo para uma carreira de sucesso é o autoconhecimento. O zootecnista tem que se enxergar como um agente de transformação. O jovem deve trabalhar com toda a sua energia para quando entrar em um processo de produção. Seja em uma fazenda, indústria ou cooperativa, entre com um olhar de ruptura, de "o que vou promover de mudança, o que é necessário fazer agora?", sugere.

Todo início de carreira exige um pouco mais de resiliência, superação e paciência, explica o consultor. "No começo, ele vai trabalhar umas horas a mais para conquistar o seu espaço, mostrando como realmente pode fazer a diferença naquela corporação", orienta.

"Costumo dizer que a Zootecnia dá a faca e o queijo, mas a fome deve vir do profissional. A América do Sul precisa muito e nunca houve tanta oportunidade para o zootecnista transformador como temos agora. Então, essas horinhas a mais e essa capacidade de ser uma agente de mudança, de não se conformar com o status quo, é a grande dica que tenho para quem está começando", conclui Chaker. 

 

Histórico

O Dia do Zootecnista é comemorado em 13 de maio. Nesta data, em 1966, ocorreu a aula inaugural do primeiro curso superior de Zootecnia, no Brasil, na Pontifícia Universidade Católica (PUC), em Uruguaiana (RS).

 

No dia 13 de maio, em que se comemora o Dia do Zootecnista, os Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária (Sistema CFMV/CRMVs) parabenizam os mais 18 mil zootecnistas inscritos pela relevância das atividades que desempenham para o país e o mundo. A sociedade e o agronegócio agradecem sua competência, eficiência e efetividade de sua atuação!

 

Texto retirado do site do CRMV-GO https://www.crmvgo.org.br/site/index.php?pagina=pages/servicos/imprensa/news

 

URL relacionada: https://www.youtube.com/watch?reload=9&v=6mD8ObmF7v0&feature=youtu.be